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O que é a avaliação do casal infértil?

Dra. Carolina Curci

     A medicina evoluiu muito nos últimos 40 anos, principalmente no que se refere à reprodução
humana. Para os casais tentantes, o que antes parecia inatingível, hoje a realidade de se tornar pai e mãe é possível a concretização do sonho da maternidade, independente da composição familiar que se deseja ter. Afinal de contas, os tempos mudaram e por meio dos avanços tecnológicos disponíveis hoje na medicina, possibilita uma nova forma de estruturação familiar, como por exemplo, para casais homo afetivos ou para mulheres que optaram pela produção independente.

E quando essa realização não acontece por conta da infertilidade? O primeiro passo é buscar o auxílio médico, de um especialista da área de reprodução humana que pode dar uma luz no final do túnel. E o que se define como casal infértil? Quando resolvem ter um filho e passam a ter relações sexuais frequentes, principalmente no período fértil e após um ano, a gravidez não ocorre.
Nessa avaliação médica de fertilidade muitos fatores serão avaliados e levados em conta para um diagnóstico mais certeiro. Por exemplo, em mulheres com idade acima dos 35 anos é recomendado tal acompanhamento médico, até porque sabe-se que a idade é uma das razões que influenciam bastaste nesse aspecto. Quando elas têm entre 36 e 39 anos e desejam engravidar esse período é reduzido para 6 meses e para as mulheres acima de 40 anos a ida ao especialista deve acontecer logo na decisão de engravidar.
Em uma primeira avaliação, o médico vai levar em consideração tudo isso. Para contemplar as diferentes constituições familiares, é preciso separar o papel do homem e da mulher nesse processo de reprodução humana. As mulheres, por exemplo, por serem responsáveis pelos óvulos e por gerar os embriões, logo são analisados todos os aspectos que estão relacionados à produção dos óvulos, entre eles, a produção de hormônios, ovários e reserva ovariana, visando garantir a gestação os aspectos funcionais do útero, os endócrinos e as doenças de base.
Os homens, como fonte de espermatozoides, também passam por avaliação hormonais e de
doenças de bases, pois podem estar afetando a quantidade e a qualidade dos espermatozoides. No entanto, é preciso ressaltar que essa investigação deve ser feita em conjunto. Ou seja, que assim que é dado o início à investigação da mulher, o homem também deve começar a fazer os exames para que essa investigação não custe o tempo do casal, que diante da situação, corre contra o relógio.
Nas mulheres os exames realizados para investigação de sua fertilidade são os seguintes:

1 – Avaliação da ovulação clínica com dosagens hormonais em dias específicos do ciclo.
2 – Histerossalpingografia avaliando a cavidade uterina, a permeabilidade tubária bilateral e o fator tuboperitoneal. Vale dizer que a histeroscopia permite avaliar a cavidade uterina diretamente e ver se há pólipos, miomas, sinéquias ou até mesmo um endométrio inflamado.
3 – USG transvaginal é um exame que traz muitas informações para avaliarmos cavidade, ovários, contagem de folículos antrais, onde pode-se avaliar a reserva ovariana.
4 – Citologia Oncótica e perfil infeccioso vaginal, visto que as bactérias podem ser a causa de infertilidade. Por isso, são objetos de investigação para o grupo de mulheres que desejam a gestação.
 
Todos esses exames citados são os iniciais e pode ser que para a sua doença de base, o médico precise de mais algum exame especifico e complementar, como uma RNM de pelve, algum exame de sangue a mais ou até mesmo um USG TV com preparo intestinal.
Já nos homens são realizados, inicialmente, o espermograma com analise seminal completa
com pré e pós- processamento seminal, além do índice de Kruger, que nos informa a morfologia e que inclusive mostra os que realmente são 100% aptos para a fertilização. Eles
ainda fazem dosagens hormonais para investigar a produção de espermatozoides e USG de bolsa escrotal com Doppler para avaliar se há ou não varicocele.
É importante que o casal que está nessa busca pela realização do sonho de constituir uma família não desanime! É um processo, que dependo do caso pode ser mais rápido ou não.
Porém, é possível e que quando concebido, vale muito à pena! É um momento que exige foco, determinação, fé e paciência!