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O que é cisto de ovário?

Dra. Carolina Curci

     Os cistos ovarianos são bolsas cheias de líquidos que se formam sobre ou dentro do ovário. Porém, existem vários tipos, sendo que o mais comum deles é o cisto funcional. Já os outros tipos de cistos existentes não estão relacionados ao ciclo menstrual e são bem menos comuns.
 
Cisto funcional:
A maioria dos casos de cistos no ovário acontece em idade fértil na mulher, durante o ciclo menstrual. Esses cistos são chamados de funcionais e pode ser tanto folicular quanto lúteo. Todo mês, durante o ciclo menstrual, um folículo cresce no ovário. Os folículos são o local onde o óvulo se desenvolve. Na maioria dos meses, um óvulo é liberado deste folículo, num processo conhecido como ovulação. Se o folículo não conseguir abrir e liberar o óvulo, o líquido permanece dentro dele e origina um cisto. Isto é chamado de cisto folicular. Já o cisto de corpo lúteo ocorre após o óvulo ter sido liberado de um folículo, sendo que esses geralmente contêm uma pequena quantidade de sangue.
 
Fatores de risco e sintomas:
Alguns aspectos são considerados de risco para uma mulher vir a desenvolver cistos de ovário. São eles: histórico familiar de cistos ovarianos funcionais e uso de medicamentos para impulsionar a ovulação. A maior parte dos casos cistos de ovário passa desapercebida, pois não manifestam sintomas e quando eles ocorrem normalmente são dor ou irregularidade no período menstrual.
 
No entanto, quando um cisto ovariano causa dor é provável se: aumentar de tamanho, sofrer uma colisão durante a relação sexual, sangrar, romper-se ou for torcido ou provocar a torção das trompas de Falópio. Os cistos foliculares não costumam provocar alterações nos períodos menstruais, sendo mais frequentes com cistos de corpo lúteo. Alguns cistos podem provocar náuseas ou sangramentos.
 
O diagnóstico:
Um cisto no ovário geralmente pode ser identificado em um simples exame pélvico. Mas para determinar o tamanho e o tipo exato do cisto, o médico deverá recorrer a outros exames, como por exemplo:
• Teste de gravidez: se der positivo, o especialista saberá que o tipo de cisto em questão é lúteo.
• Ultrassom pélvico: o exame de imagem possibilitará ao médico identificar o tamanho do cisto, assim como sua composição, ou seja, se é sólido, fluido ou misto.
 
Depende muito da idade da paciente, dos sintomas do tamanho e do tipo do cisto. Muitas vezes, o cisto desaparece por conta própria, dispensando a terapia, embora pode demorar alguns meses.
 
Para garantir que o cisto se foi completamente, ele poderá pedir ultrassons e exames pélvicos periódicos. Caso esta não seja uma opção ou o cisto não vá embora sozinho, existem outros meios para tratar a doença. Confira:
• Anticoncepcionais: costumam ser uma opção para evitar que novos cistos se desenvolvam nos ovários
• Cirurgia de retira de cistos: também pode ser uma alternativa, mas geralmente o médico só recorre a esse tipo de intervenção quando não há outra opção. No entanto, pode ser também a única solução caso o cisto seja grande demais, não seja funcional ou esteja crescendo.
 
É importante dizer que caso o cisto seja cancerígeno, talvez seja necessário extrair ambos os ovários. No entanto, são situações raras. Em caso de alguma dúvida ou sintoma de cisto ovariano, é essencial buscar orientação médica.