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Anvisa recomenda suspender vacinação da AstraZeneca em grávidas

Dra. Carolina Curci

Anvisa recomenda suspender vacinação da AstraZeneca em grávidas

Imunizante vinha sendo usado em gestantes com comorbidades. Agora, só podem ser aplicadas nas grávidas a Coronavac e a Pfizer.

A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou na noite desta segunda-feira (10) a suspensão imediata da aplicação da vacina contra Covid da AstraZeneca/Fiocruz em grávidas.

  • Grávidas que tomaram vacina da AstraZeneca precisam ter acompanhamento médico

A vacina vinha sendo usada, em alguns estados, em gestantes com comorbidades. Agora, só podem ser aplicadas nas grávidas a CoronaVac e a vacina da Pfizer.

O texto da nota emitida pela agência reguladora diz que a orientação é que “seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país”.

A Anvisa, no entanto, não relatou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil.

  • Estados como SP, RJ, PE e MS suspendem vacinação contra Covid de grávidas com comorbidades

O texto diz ainda que “o uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente”. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca, porém, não recomenda o uso da vacina sem orientação médica.

O Ministério da Saúde incluiu todas as grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) no plano de imunização em abril. Na época, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, a decisão foi tomada visto que esse grupo tem risco maior de hospitalização por Covid-19.

O que diz a AstraZeneca?

Em nota, a AstraZeneca afirmou que “mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos” da vacina. 

“Referente a suspensão do uso da vacina AstraZeneca/Fiocruz por parte da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a AstraZeneca esclarece que as mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos. Esta é uma precaução usual em ensaios clínicos. Os estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à gravidez ou ao desenvolvimento fetal.”

Vacinação no Brasil

primeira dose da vacina contra a Covid-19 já foi aplicada em 35.909.617 pessoas até esta segunda-feira. O número representa 16,96% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 18.073.591 pessoas (8,54% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

A vacina da AstraZeneca é responsável por 26,4% das pessoas vacinadas no país, segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde. Ela permite um distanciamento maior entre a primeira e a segunda injeção: três meses. 

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