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FIV (fertilização in vitro): o que é e como é feita

Dra. Carolina Curci

FIV (fertilização in vitro): o que é e como é feita

A fertilização in vitro, também conhecida pela sigla FIV, é uma técnica de reprodução assistida que consiste na fecundação do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, que depois é implantado dentro do útero, sendo todos os procedimentos realizados em uma clínica de fertilidade, sem que exista relação sexual envolvida.

Esta é uma das técnicas de reprodução assistida mais utilizadas atualmente e pode ser realizada em clínicas e hospitais particulares e até mesmo no SUS, sendo indicado para casais que não conseguem engravidar espontaneamente em 1 ano de tentativas sem uso de métodos contraceptivos.

Quando é indicada

A realização da fertilização in vitro é indicada quando as mulheres apresentam alterações ginecológicas que interferem na ovulação ou no deslocamento dos óvulos pelas trompas. Assim, antes de ser indicada essa técnica de reprodução, são feitos exames para identificar a causa da dificuldade para engravidar e, assim, o médico pode indicar o tratamento mais adequado.

No entanto, caso a gravidez não aconteça mesmo após a realização do tratamento indicado pelo ginecologista, ou quando não há tratamento para a alteração observada, a fertilização in vitro pode ser indicada. Dessa forma, algumas das situações em que a fertilização in vitro pode ser considerada são:

  • Lesão tubária irreversível;
  • Aderências pélvicas severas;
  • Salpingectomia bilateral;
  • Sequelas da doença inflamatória pélvica;
  • Endometriose moderada à grave.

Além disso, a fertilização in vitro também pode ser indicada para as mulheres que não engravidaram após 2 anos da salpingoplastia ou em que a obstrução tubária permanece após a cirurgia.

Como é feita

A FIV é um procedimento realizado na clínica de reprodução assistida que é realizada em algumas etapas. A primeira etapa consiste na estimulação dos ovários para que haja produção de quantidades suficientes de óvulos através do uso dos medicamentos. Os óvulos produzidos são então coletados através da aspiração transvaginal com ultrassom e enviado para o laboratório.

A etapa seguinte consiste na avaliação dos óvulos no que diz respeito à sua viabilidade e probabilidade de fecundação. Assim, após a seleção dos melhores óvulos, o sêmen começa também a ser preparado, sendo selecionados os espermatozoides com melhor qualidade, ou seja, aqueles com motilidade, vitalidade e morfologia adequadas, pois são esses que conseguem fecundar mais facilmente o óvulo.

Depois, é feita a introdução dos espermatozoides escolhidos no mesmo vidro em que estão os óvulos e, em seguida, é feita a observação da fertilização dos óvulos durante cultivo embrionário para que possa depois ser feita a implantação de um ou mais embriões no útero da mulher, devendo a tentativa de implantação ser realizada pelo ginecologista na clínica de reprodução assistida.

Para verificar o sucesso do tratamento após 14 dias da FIV deve-se realizar um teste de gravidez de farmácia e o exame de gravidez para medir a quantidade de beta-HCG. Cerca de 14 dias depois destes exames pode-se realizar o exame de ultrassom transvaginal para avaliar a saúde da mulher e do embrião.

Principais riscos da fertilização in vitro

Um dos riscos mais comuns da fertilização in vitro é a gravidez de gêmeos devido à presença de vários embriões dentro do útero da mulher, e também existe um risco acrescido de aborto espontâneo, e por isso a gestação deve ser sempre acompanhada pelo obstetra e pelo médico especialista em reprodução assistida.

Além disso, alguns bebês que nascem por técnicas de fertilização in vitro têm maior risco de apresentarem alterações como problemas cardíacos, lábio leporino, alteração no esôfago e malformação no reto, por exemplo.

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